Cresce a ideia dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) de que a sigla do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Lava Jato e ainda apontado oficialmente como candidato do partido, pode se aliar como vice de outra chapa à esquerda.
Segundo reportagem do jornal Valor Econômico desta sexta (13), os dois “planos B” do PT, Fernando Haddad e Jaques Wagner, já defendem internamente que o partido aceite a vaga de vice.
As duas opções mais fortes para o PT se aliar seriam com os pré-candidatos do PDT, Ciro Gomes, e do PSB, Joaquim Barbosa.
A presença de Haddad em uma das chapas é vista como possibilidade de interlocução com setores empresariais.
A dificuldade em relação a Ciro é que o pedetista mantém postura relativamente distante de Lula, não esteve no comício do ex-presidente em São Bernardo antes de ser preso e não defende com tanta veemência a figura do petista. Esse é o cenário mais considerado, diz a reportagem, mas a posição de Ciro em relação a Lula o indispõe com amplos setores do PT.
Já Joaquim Barbosa é visto como boa opção após pesquisas qualitativas em São Paulo mostrarem que uma chapa com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) potencializaria tanto as chances do PSB quanto do PT.
A ironia ficaria por conta de Barbosa ter relatado no Supremo o processo do mensalão, que condenou criminalmente vários caciques petistas. Uma ala do PT não o perdoa por isso. O ex-ministro do STF, no entanto, foi crítico ao impeachment de Dilma Rousseff. Petistas veem em eventual aliança com Barbosa a possibilidade de “limpar” a imagem do partido.
Um dos condenados no mensalão, inclusive, o ex-ministro José Dirceu, que cumpre prisão domiciliar, reconhece o potencial de uma aliança com o PSB.
Jovem Pan
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