sábado, 14 de abril de 2018

Icapuí tem chuva de 255 milímetros, a maior do Ceará desde 2015

A maior chuva dos Ceará nos últimos três anos ocorreu em Icapuí, na na noite desta quinta-feira (12) até a manhã de hoje, sexta-feira (13). Choveu no município 255 milímetros, o que, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), foi o maior volume registrado no munício desde que a instituição começou a monitorar as precipitações no estado, em 1988.

“Em 13 dias o volume de chuvas em Icapuí chegou a 468 milímetros, quando a média histórica é de 243mm para o mês inteiro”, relata Daniel Oliveira, coordenador da Defesa Civil do município. Segundo ele, houve muito alagamento, erosão fluvial e deslizamento de terra.

Famílias desabrigadas
Cinco famílias ficaram desabrigadas em um distrito do município. “Estamos retirando a água para ver se é possível que elas permaneçam em suas casas”, explica.

Os estragos não foram maiores porque desde o mês de dezembro, o município começou um planejamento com foco especial nas comunidades de risco. “A camada mais pobre da população vive em área de serra, onde ocorreram alguns deslizamentos. Tivemos também problemas em comunidades de praia”, explica o prefeito Raimundo Lacerda Filho.

Apesar dos estragos provocados pela chuva, “os benefícios trazidos são bem superiores”, acredita o prefeito. “O município tem uma área onde a salinidade é muito forte, agravado pela seca dos últimos seis anos. Com as chuvas, o nosso lençol freático foi atingido e a salinidade caiu de nível. Além disso, a agricultura é beneficiada. Pode vir mais chuva que não vamos reclamar.”

Os estragos não foram maiores porque desde o mês de dezembro o mucípio começou um planejamento com foco especial nas comunidades de risco. “A camada mais pobre da população vive em área de serra, onde ocorreram alguns deslizamentos. Tivemos também problemas em comunidades de praia”, explica o prefeito.

Os maiores problemas na área de praia ocorreram em Quitérias e Berimbau, normalmente áreas de alagamento. “Na comunidade de Salgadinho, por exemplo, com a seca, as famílias começaram a construir nessas áreas, que agora estão alagadas. Todas foram retiradas dos locais e agora passam a receber aluguel social, de R$ 250”, explica. Em Berimbau, houve alagamento na faixa de acesso.

Grupo Globo 

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