sábado, 17 de fevereiro de 2018

A Funceme prevê tempo nublado no Ceará neste fim de semana com possibilidade de chuva em todas as regiões. Em Acopiara choveu 35mm na noite de ontem (16)

Nas próximas horas, as chuvas neste mês de fevereiro devem superar média histórica para o período, no Ceará, que é de 118.6mm. Nessa sexta-feira (16), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) chegou a registrar 120.5mm, ou seja, 1,6% acima da média. No fim da tarde, houve um recuo dos números, que ficaram em 116,8%, ou seja, um desvio negativo de -1,6%.

Foram observadas entre as 19 horas dessa quinta-feira (15), e 7 horas de sexta precipitações em 80 municípios. As cinco maiores foram em Araripe (74.4mm), Quixeré (65mm), Uruburetama (39mm), Meruoca (36mm) e Quixadá (36mm).

Desde quando começou o atual ciclo de estiagem no Ceará, em 2012, o mês de fevereiro apresentou índices acima da média apenas em 2012 (16.4%) e 2017 (34.8%). Os dados são da Funceme. Nos outros períodos, estiveram abaixo do esperado 2013 (-48,1%); 2014 (-22.5%); 2015 (-18.9%) e 2016 que registrou a menor pluviometria da série histórica (-55.2%). A julgar pela previsão de mais chuva, a pluviometria no atual mês deve superior períodos anteriores.

Para este fim de semana, a Funceme prevê tempo nublado com possibilidade de chuva em todas as regiões do Estado. Desde o Carnaval que as precipitações no Estado são provocadas por atuação direta da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema causador de chuva no sertão cearense durante a quadra invernosa (fevereiro a maio). "A Zona de Convergência está inclinada e próxima à costa cearense, favorecendo a ocorrência de mais chuva", explicou o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.

O Rio Salgado, em Lavras da Mangabeira, registra a primeira cheia do ano. A água das últimas chuvas que banharam a região do Cariri escorrem pelo leito do rio, que é um dos afluentes do Rio Jaguaribe, no município de Icó, e depois de percorrer mais de 100 km deságua no Açude Castanhão. Daí a importância da chuva no Cariri e nos Inhamuns para reabastecer as bacias do Salgado e do Jaguaribe e permitir a recarga dos açudes Orós (está com volume de 5,7%) e Castanhão (2,1%). 

(Colaborou Honório Barbosa)

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