segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Dor e comoção no enterro das vítimas da chacina que deixou 14 mortos

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"Minha mãe era inocente! Volta pra mim, mãe. Eu quero a minha mãe. Não vai embora!". O grito desesperado de um jovem, ao se despedir da mãe, morta na maior chacina da história do Estado, rompeu o silêncio do sepultamento das vítimas e levou todos às lágrimas, ontem à tarde, no Cemitério do Bom Jardim. A dor de ter um ente querido perdido, de uma forma inacreditável, feriu a cada pessoa presente.

Edneusa Pereira de Albuquerque tinha 38 anos, era dona de casa e tinha nove filhos. A mais velha tem 21 anos, dois filhos e oito irmãos para, a partir de agora, cuidar. Os órfãos são crianças e adolescentes - têm entre três e 17 anos.
A vítima morava no Barroso, próximo de onde foi morta, e costumava ir ao 'Forró do Gago' para se divertir. "Ela adorava dançar, gostava de festa. E era muito querida. Só a família não, mas todo o bairro está muito abalado. Todo mundo se reuniu para enterrá-la", contou uma amiga, que não quis se identificar.

Um ônibus carregou dezenas de pessoas para se despedirem de Edneusa. A comoção foi geral. "Há 14 anos trabalhando aqui, eu nunca vi um negócio desses", afirmou uma funcionária do Cemitério Parque Bom Jardim, ao fim do enterro.

DN Online

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