quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Lula refaz pedido ao TRF-4 para ser interrogado de novo sobre tríplex

Exatamente três semanas antes do dia previsto para seu julgamento em segunda instância na Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu nesta quarta-feira (3), por meio de seus advogados, para ser novamente interrogado no chamado processo do tríplex.

Marcado para o dia 24, o julgamento é decisivo para o futuro político de Lula. Se condenado, o ex-presidente pode ficar inelegível e até mesmo ser preso. Lula vem liderando as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2018.

A solicitação é, na verdade, a reiteração de um pedido feito no dia 11 de setembro ao desembargador João Pedro Gebran Neto, integrante da 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre) e relator dos processos criminais da Lava Jato na Corte. Gebran não tem prazo para decidir se aceita ou não o pedido.

Segundo a defesa de Lula, o ex-presidente teve seu direito de defesa violado ao ser alvo de "uma verdadeira inquisição" no interrogatório feito em maio pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná. Os advogados dizem que Moro se comportou como acusador do petista, "cortando suas manifestações e impedindo-o de livremente se manifestar".

O interrogatório de Lula no processo do tríplex durou quase cinco horas. Na ocasião, o ex-presidente disse, entre outras coisas, que estava sendo julgado por causa de um "PowerPoint mentiroso" e que era alvo de uma acusação política.

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