quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Reunião do Comitê do Alto Jaguaribe debate aumento da crise hídrica

A crise de água que se agrava nas cidades e vilas rurais na região Centro-Sul do Ceará foi discutida na manhã desta terça-feira, em reunião do Comitê da Sub Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe, realizada no auditório do Fórum Eleitoral em Iguatu.

A cidade de Catarina enfrenta uma crise de desabastecimento considerada grave, mas até o momento não foi implantada a adutora do Açude Arneiroz II para atender a demanda daquele centro urbano, que depende de água distribuída por caminhões pipa.

Durante o encontro houve pedidos de perfuração de poços profundos e implantação de adutoras.

O comitê também aprovou envio de ofício ao comando do Exército da Operação Pipa para melhorar a fiscalização na distribuição de água, por meio de Caminhões Pipa, mediante o aumento de denúncias de fraude em GPS, derramamento de água nas margens da rodovia, prejudicando moradores das áreas rurais.

O chefe do escritório da Cogerh, em Iguatu, Lauro Filho, disse que a operação de liberação de água do Açude Arneiroz II para a barragem de Caldeirões, em Saboeiro, é considerada de muito risco, pouco aproveitamento, mas necessária.

Nos últimos 36 dias foram liberados 6 milhões de metros cúbicos de água do Arneiroz II para os Caldeirões e apenas um milhão de metros cúbicos chegaram aos Caldeirões devidos a perda no leito do Rio Jaguaribe, que é largo e com bancos de areia. A água somente chegou em Saboeiro na sexta-feira passada e a válvula do Arneiroz deve ser fechada nesta quarta-feira, 11.

O representante de Saboeiro, no Comitê da Sub Bacia do Alto Jaguaribe, Januário Ferreira, disse que era mais viável que a liberação continuasse até a sangria da barragem para evitar nova operação em janeiro ou fevereiro do próximo ano.

Açude Trussu

O Açude Trussu que abastece as cidades de Iguatu e de Acopiara está no momento com 9,7%, o equivalente a 26 milhões de metros cúbicos.

De acordo com estimativa da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), em 31 de dezembro de 2017, o reservatório deve chegar a 7,77%, uma redução de exatos 2%. “A água do Trussu para o abastecimento humano, mesmo sem recarga em 2018, atenderá a demanda até dezembro de 2018”, disse Lauro Filho, do escritório da Cogerh, em Iguatu.

DN Centro Sul
jornalista Honório Barbosa

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