terça-feira, 11 de julho de 2017

Eunício suspende sessão plenária da reforma trabalhista

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), anunciou pouco depois das 12h30 desta terça-feira (11), a suspensão da sessão no plenário aberta para votar a reforma trabalhista. O anúncio foi feito por Eunício em pé, já que a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) não desocupou a cadeira da presidência mesmo com a chegada do peemedebista ao plenário, acompanhada de outras senadoras da oposição que tentam obstruir a votação da reforma.

Levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo, o Palácio do Planalto teria uma margem apertada. Apenas 42 dos 81 senadores declaram apoio ao texto. Se todos estiverem presentes, o governo precisa de 42 votos para aprovar a reforma. Por volta do meio-dia, o plenário já contava com 46 senadores presentes e a reforma já podia ser votada, mas o tumulto causado pelo protesto de oposicionistas impediu o prosseguimento da sessão.

Ao anunciar a suspensão, Eunício recebeu apoio de senadores governistas e reação negativa dos parlamentares da oposição. A sessão para votação da reforma trabalhista será retomada "quando a ditadura deixar", segundo declarou Eunício.

Inicialmente, Eunício proibiu o acesso da imprensa e de assessores parlamentares ao plenário e determinou o apagar das luzes, o corte do som dos microfones e o desligamento dos ar-condicionados.


9 senadoras ainda ocupam mesa

Até às 13h45, nove senadoras da oposição seguem ocupando as cadeiras da mesa do Plenário, mais de uma hora após a suspensão da sessão. São elas:

Fátima Bezerra (PT-RN) (ocupa o lugar do presidente do Senado)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Maria do Rosário (PT-RS)
Benedita da Silva (PT-RJ)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Vanessa Graziotin (PCdoB-AM)
Regina Sousa (PT-PI)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Eunício havia chegado ao Senado pouco depois das 12h para a sessão de votação da reforma trabalhista. Mas a cadeira da presidência não foi desocupada pelas senadoras da oposição, que se revezam na presidência da Casa.

Plano B

De acordo com Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), os senadores estão discutindo com o presidente Eunício Oliveira a possibilidade de a sessão ser transferida para o auditório Petrônio Portela, onde cabem mais pessoas que as galerias do Plenário.

Estadão Conteúdo

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