quinta-feira, 1 de junho de 2017

Tasso diz que adiamento do julgamento sobre a cassação da chapa Dilma/Temer 'não é bom'

tassoAtual presidente interino do PSDB e um dos principais nomes para disputar a Presidência da República em uma eventual eleição indireta, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou, nesta quinta-feira (1º), que um novo adiamento do julgamento sobre a cassação da chama Dilma/Temer, marcado para a próxima terça-feira (6), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "não é bom" para o País.

De acordo com o senador, o ideal seria que a decisão do Tribunal saia "logo", tendo em vista que o "País tem que tomar decisões, para um lado ou para o outro", destacou. O adiamento da decisão sobre a chapa Dilma/Temer pode ocorrer caso um dos ministros do TSE solicite vista na sessão, por entender que precisa de mais tempo para analisar o processo.

A ação que pede a cassação da chapa que elegeu, em 2014, Dilma Rousseff e Michel Temer, foi protocolada pelo próprio PSDB, que alega que a campanha cometeu abuso de poder político e econômico, além de receber propina, o que é negado pelos advogados da defesa.

"A economia fica parada em função dessa falta de decisões políticas. Portanto, qualquer decisão que venha, é necessário que seja logo", afirmou Tasso Jereissati.

Crise pode influenciar

No último mês de maio, ministros do TSE, ouvidos reservadamente, consideram que a governabilidade do presidente Michel Temer, alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), será levada em conta no julgamento da chapa Dilma/Temer. Para eles, o quadro político e econômico do País dará até lá um cenário sobre o futuro do governo.

O julgamento é visto por partidos da base como um marco que vai definir a permanência ou não do peemedebista no Planalto. Em março, magistrados já apontavam reservadamente que a estabilidade política seria levada em conta no julgamento no TSE.

A expectativa sempre foi a de que o ministro Herman Benjamin, relator da ação, votasse a favor da cassação da chapa, sendo acompanhado por Rosa Weber. Já os demais ministros considerariam a estabilidade política e tenderiam a salvar Temer, mas a delação da JBS lançou incerteza sobre o julgamento.

Atualmente, apenas dois votos são considerados certos a favor da sobrevivência política de Temer - os de Gilmar e de Napoleão Nunes, que já indicou a colegas que pode pedir vista (mais tempo para análise), o que retardaria o desfecho do caso. Nesse cenário, os votos de Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira e Luiz Fux seriam determinantes para selar o resultado do julgamento.

DN Online

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