segunda-feira, 26 de junho de 2017

PF conclui que há indícios de que Temer cometeu obstrução de Justiça e prevaricação

TemerA Polícia Federal concluiu, em relatório final enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (26), que houve indícios de que o presidente Michel Temer cometeu obstrução de Justiça e prevaricação. As informações sobre o teor do documento foram divulgadas pelo site da Revista Época. O relatório aponta que o peemedebista atuou para embaraçar investigações e deixou de comunicar as autoridades sobre suposta corrupção de membros do Judiciário e do Ministério Público.

No relatório, os investigadores citam que o presidente cometeu obstrução de Justiça ao ter concordado com a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e do operador Lúcio Funaro, citados pelo empresário Joesley Batista em conversa gravada em março no Palácio do Jaburu.

Já a prevaricação foi atribuída ao presidente por ele ter ficado impassível diante da fala de Joesley que afirmou que interferiria em investigações ao comprar juízes e procuradores que atuam em ações contra a JBS.

A polícia afirma que Temer atuou "por embaraçar investigação de infração penal praticada por organização criminosa, na medida em que incentivou a manutenção de pagamentos ilegítimos a Eduardo Cunha, pelo empresário Joesley Batista, ao tempo que deixou de comunicar autoridades competentes de suposta corrupção da Magistratura Federal e do Ministério Público que lhe fora narrado pelo mesmo empresário".

Segundo a Época, a Polícia Federal também solicitou ao ministro Edson Fachin, relator da ação no STF, para continuar investigando o presidente da República por organização criminosa no âmbito de um inquérito, que já foi aberto e envolve políticos do PMDB da Câmara dos Deputados.

Além do relatório final, a PF entregou ao Supremo a perícia realizada no áudio da conversa gravada por Joesley. A perícia foi solicitada pela defesa de Temer, no mês passado.

Na última semana, o ministro Edson Fachin abriu prazo para a PGR se manifestar sobre o inquérito aberto para investigar Temer. Com a decisão, a procuradoria tem até amanhã (27) para decidir sobre eventual denúncia contra o presidente e outros citados nas investigações, entre eles, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

DN Online

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