quinta-feira, 1 de junho de 2017

Palocci pede prisão domiciliar para delatar Lula e empresas

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O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci tenta negociar, em acordo de delação premiada, que sua pena seja cumprida em um ano de prisão domiciliar e que seus depoimentos sejam focados em banqueiros e empresários, além do ex-presidente Lula. Preso desde setembro de 2016, o petista tem se dedicado à elaboração de sua proposta de acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR) e a força tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Para ter sua delação aceita pelos investigadores, Palocci decidiu revelar os detalhes de operações supostamente irregulares cometidas pelo ex-presidente e um dos donos do BTG Pactual, André Esteves, e o ex-dono do Pão de Açúcar Abílio Diniz. No caso de Esteves, o ex-ministro promete explicar supostas vendas de medidas provisórias no Congresso para bancos privados, nos quais, segundo Palocci, o banqueiro esteve envolvido.

Sobre Abílio, o petista diz que pode detalhar suposta manobra para tentar mantê-lo no controle do Grupo Pão de Açúcar, em meio à disputa com a francesa Casino. O imbróglio, que durou dois anos, culminou na saída de Abílio do conselho do grupo, em 2013. Abílio contratou Palocci para garantir influência no governo a seu favor. A informação foi confirmada ao jornal “Folha de S.Paulo” por integrantes das tratativas do acordo.

O Tempo

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