Um recurso apresentado nesta terça-feira (20) pela defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) provocou o adiamento da decisão sobre o pedido de prisão contra o senador, afastado do mandato por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin.
A defesa de Aécio pediu hoje que o pedido de prisão contra o senador seja analisado pelo plenário do Supremo, e não pela 1ª Turma do tribunal.
O caso iria a julgamento hoje na 1ª Turma, mas o relator, ministro Marco Aurélio, decidiu adiar o julgamento para decidir antes sobre o recurso.
O ministro Marco Aurélio afirmou que o fato de Andrea Neves, irmã do senador, e os outros investigados já terem sido denunciados, por si só, não pode fundamentar a prisão.
"Ainda não temos na ordem jurídica, e espero que nunca tenhamos, a prisão automática conforme a acusação é formalizada pelo Ministério Público", disse o relator.
Já o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que estava comprovado o envolvimento dos suspeitos em crimes graves.
"Está amplamente documentada a participação direta do agravante [Mendherson] nesses delitos", disse. "Em muitos outros casos, por muito menos, há pessoas presas", afirmou Barroso.
Seriam analisados hoje tanto o pedido da defesa de revogar o afastamento de Aécio do cargo quanto o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para que fosse decretada a prisão preventiva do senador.
Uol
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