terça-feira, 20 de junho de 2017

Há "evidências" com "vigor" de corrupção praticada por Temer, diz PF

PODER - O Presidente Michel Temer durante cerimonia de lançamento do Plano Agricola e Pecuario de 2017/2018. Enquanto isso ocorria a segunda sessão do julgamento da cassação da chapa Dilma/Temer - 07/06/2017 - Foto - Marlene Bergamo/Folhapress - 017 -
Relatório preliminar da Polícia Federal afirma que há "evidências" da prática de corrupção passiva por parte do presidente Michel Temer e de seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures.

"Diante do silêncio do Mandatário Maior da Nação e de seu ex-assessor especial, resultam incólumes as evidências que emanam do conjunto informativo formado neste autos, a indicar, com vigor, a prática de corrupção passiva", diz trecho da conclusão da PF divulgada nesta terça (20) pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O relatório diz "concluir pela prática" do crime de corrupção passiva do presidente Temer "em face de, valendo-se da interposição de Rodrigo Rocha Loures, ter aceitado promessa de vantagem indevida em razão da função".

Segundo a PF, Rocha Loures também praticou o crime de corrupção passiva.

De acordo com o relatório, os elementos da investigação "permitiram que fossem elaboradas conclusões" sobre "pagamento de vantagem indevida" pelo grupo J&F a Loures "imediatamente" e a Temer "remotamente".

O documento aponta ainda os crimes de corrupção ativa por parte dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos da JBS.

"Ao Exmo Sr. Presidente da República também foi oportunizado esclarecer diversos fatos", destaca o relatório. "Sua Excelência optou, a exemplo de Rodrigo da Rocha Loures, por exercer o direito ao silêncio, além de –surpreendentemente– pugnar pelo arquivamento do inquérito".

O relatório é assinado pelo delegado Thiago Machado Delabary. Ele afirma que seu "desafio" foi "remontar o cenário fático a partir de 'rastros' que o agir dos investigados porventura tenha deixado".

Folha de S.Paulo

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