quinta-feira, 4 de maio de 2017

Próximo trimestre será de chuva abaixo da média

As chuvas do trimestre – fevereiro, março e abril – ficaram abaixo da média (530.0 mm) no Ceará, registrando um volume acumulado de 476.1 mm. Embora este cenário seja melhor que o registrado em anos anteriores, a situação não é de conforto. Pelo contrário, alerta o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em relatório publicado na semana passada. Esta quantidade não repôs o volume dos açudes e o prognóstico para maio, junho e julho é que as precipitações fiquem 45% abaixo da média no Estado, que para este período é de 143,5 mm.

O Grupo de Trabalho é composto por especialistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esta previsão climatológica é para o Norte da Região Nordeste - que engloba o Ceará, sertão do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e extremo norte da Bahia. A probabilidade das chuvas ocorrerem acima da média é de 20% e na média 35%. 

Ondas de Leste

De junho até início de julho, conforme explica, pode chover no leste do Nordeste pela influência do sistema chamado ondas de leste, que deve atingir estados como o Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e eventualmente o Ceará. “Boa parte desses modelos estão indicando déficit de chuva para a região Leste do Nordeste. Se isso se confirmar é possível que esses sistemas atinjam também o Ceará com menos frequência”, diz.

A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará para verificar se existem medidas sendo articuladas para o cenário do Castanhão, mas até o fechamento desta matéria as ligações não foram atendidas.

Fique por dentro

Lote 1 do Cinturão está 80% concluídos

Maior obra de infraestrutura hídrica do Estado, o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), na região do Cariri, recebeu, nesta quarta-feira (3), a visita do governador Camilo Santana para supervisão dos trabalhos na barragem em Jati e no canal em Brejo Santo. As obras do lote 1, com extensão de 38 quilômetros, completam 80% de execução e o equipamento deve ficar pronto para receber as águas da Transposição do Rio São Francisco no mês de agosto.

Os túneis localizados em Abaiara e Missão Velha também foram monitorados de perto pelo governador, que disse estar satisfeito com o andamento da construção. Segundo ressaltou, com a obra concluída, serão mais de 30 mil litros de água transportados por segundo até o Castanhão, garantindo o abastecimento de Fortaleza e Região Metropolitana.

O lote 1, que começa em Jati, na divisa com Pernambuco, está incluído no primeiro trecho do Cinturão das Águas. O trecho 1 tem 146 quilômetros e vai beneficiar mais de um milhão de pessoas no Cariri, atendendo às cidades de Jati, Brejo Santo, Porteiras, Abaiara, Missão Velha, Barbalha, Crato, Nova Olinda, Milagres, Farias Brito, Lavras da Mangabeira, Iguatu, Icó, Orós, Mauriti, Aurora, Cariús e Quixelô.

DN Online

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