sábado, 29 de abril de 2017

Saiba quais as chances de sofrer um acidente aéreo (e sobreviver)

Destroços da aeronave que se acidentou na Colômbia com a equipe da Chapecoense
Além de comover, grandes tragédias na aviação costumam alimentar outro sentimento nas pessoas: o receio de voar.

Mas o fato é que morrer em uma catástrofe aérea é algo bastante raro. Atualmente, para cada 1 milhão de aviões que decolam, menos de dois (1,6) apresentarão problemas no percurso, revelam dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês).

Essa probabilidade inclui imprevistos de todos os tipos, não apenas os grandes infortúnios. Se consideradas somente situações com mortes, a proporção é ainda menor: apenas dez incidentes fatais ocorrem a cada 40 milhões de voos.

"A chance de um indivíduo sobreviver um acidente que ameaça a vida é boa, quase 56%. Se excluirmos acidentes onde todos os passageiros morreram e considerarmos apenas os que são 'tecnicamente sobrevivíeis', então, a média de sobrevivência sobe para 71,1%", explica o professor da Universidade de Greenwich Edwin Galea, que é matemático, especialista em engenharia de segurança e desenvolvedor de simulações.

Essa afirmação é baseada em estudos feitos por ele, independentemente da IATA, e que estão disponíveis no site da universidade.

"Acidentes que ameaçam a vida (inclusive aqueles que não têm sobreviventes) são muito raros. Um evento desses só ocorre a cada 5,7 milhões de partidas", afirma.

"Digamos que se uma pessoa voasse todos os dias, experimentaria um acidente catastrófico em algum momento dentro dos próximos 2.700 anos", afirmou à BBC Brasil meses atrás Perry Flint, o porta-voz da IATA, ao comentar o desastre com o avião da Chapecoense, que caiu na Colômbia, matando 71 das 77 pessoas a bordo.

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