sexta-feira, 14 de abril de 2017

Prescrição é maior ameaça à Lava Jato no STF, diz idealizador da Ficha Limpa

Jurista, advogado e um dos autores da Lei da Ficha Limpa, o ex-juiz Marlon Reis diz acreditar que o volume de inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin --e as consequentes denúncias que devem ser feitas ao STF (Supremo Tribunal Federal)-- serão um desafio inédito para a Corte. Não só pela quantidade de ações, mas pelo risco de prescrição de casos --já que há denúncias em que os crimes ocorreram há mais de uma década. "Esse é o grande problema", avalia.

Reis acredita que o Judiciário precisará dar uma resposta à sociedade, nem que para isso seja preciso contar com convocação de juízes auxiliares. "Impunidade e morosidade --que são irmãs siamesas-- precisam acabar no Brasil", diz.

Ainda segundo o jurista, a publicidade das investigações é importante para o controle social da Lava Jato. Ele defende que esse é o momento ideal para o país cobrar o fim do foro privilegiado para autoridades --e assim garantir julgamentos mais céleres.

Marlon Reis deixou a carreira no Poder Judiciário e abriu um escritório de advocacia em Brasília. Entre seus clientes está a Rede Sustentabilidade, partido que tem como maior líder a ex-senadora Marina Silva. Segundo o jornal Folha. de S.Paulo, a Rede pode lançar a candidatura de Reis ao Senado pelo Estado do Maranhão no próximo ano.

Uol

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