terça-feira, 11 de abril de 2017

Eunício teria recebido R$ 2 milhões em propina, diz inquérito

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O senador cearense Eunício Oliveira (PMDB-CE), que preside o Senado Federal, recebeu R$ 2 milhões da empreiteira Odebrechet, de acordo com a delação premiada dos executivos na Operação Lava Jato.

O parlamentar é um dos investigados nos 83 inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram irregularidades como corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, além da formação de cartel e fraude a licitações.

As informações foram divulgadas na tarde desta terça-feira, 11, pelo Estadão. Eunício Oliveira e o deputado federal Paulo Henrique Lustosa (PP) são os cearenses que tiveram o nome na relação de inquéritos abertos pelo relator da Operação Lava Jato, o ministro Edson Fachin.

No mesmo inquérito de Eunício Oliveira, são investigados também os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Os parlamentares foram citados pelos delatores da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos José Fadigas de Souza, Cláudio Melo Filho, Emílio Alves Odebrecht, José de Carvalho Filho e Marcelo Bahia Odebrecht.

Conforme as delações, a empreeiteira pagou R$ 7 milhões aos parlamentares, sendo que R$ 4 milhões seriam destinados a Romero Jucá e Renan Calheiros; R$ 2 milhões a Eunício Oliveira; R$ 1 milhão ao deputado federal Lúcio Vieira Lima e R$ 100 mil ao deputado federal Rodrigo Maia.

Os valores serviriam como propina para aprovar legislação favorável aos interesses da companhia: Medidas Provisórias 470/09 (sobre crédito prêmio de IPI), 472/10 (sobre o Regime Especial para Indústria Petroquímica) e 613/13 (temas do interesse da Companhia, notadamente do REIQ e posterior conversão em lei).

Através de nota, o senador Eunício Oliveira afirmou que "a justiça brasileira tem maturidade e firmeza para apurar e distinguir mentiras e versões alternativas da verdade".

Redação O POVO Online

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