domingo, 16 de abril de 2017

Contratos, extratos e notas reforçam teor de delações da Odebrecht

Marcelo Odebrecht fala sobre dinheiro para Temer, Skaf e Duda Mendonça
Ex-executivos da Odebrecht apresentaram contratos fictícios, comprovantes de transferências, extratos bancários, registros telefônicos e outros documentos para corroborar parte das acusações feitas nos depoimentos prestados nos acordos de delação premiada com a Lava Jato.

Os papéis serão usados pelo Ministério Público Federal na tentativa de provar os crimes narrados pelos colaboradores nos depoimentos.

Políticos envolvidos têm se apegado ao discurso de que a palavra dos delatores não é suficiente para provar as acusações –e que são necessários outros elementos que reforcem o que foi dito.

Parte dos papéis entregues tem indicativos mais concretos: extratos bancários, comprovantes de transferência ou até contratos fictícios.

Um deles, de R$ 9,6 milhões, foi assinado entre a Odebrecht e Duda Mendonça. Segundo os delatores, nenhum serviço foi prestado à empreiteira: parte desses recursos foi usada para camuflar o pagamento de uma dívida da campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo em 2014.

A defesa de Duda diz que o marqueteiro não vai se pronunciar. Skaf, em nota, afirma que nunca pediu nem autorizou ninguém a pedir contribuições "que não as regularmente declaradas".

Folha de S.Paulo

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