sábado, 18 de março de 2017

Pagamento de propina é prática antiga do setor de carne, dizem executivos

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Turbinado com empréstimos oficiais, o crescimento dos frigoríficos brasileiros não acabou com uma prática ilegal antiga no setor: o pagamento de propina para os fiscais da defesa agropecuária.

Executivos do setor disseram à Folha que a situação passou a causar incômodo na cúpula das maiores empresas quando começaram a crescer e que seus dirigentes tentaram coibir essas práticas.

Mas o esforço que os dirigentes de empresas como a JBS e a BRF teriam feito para eliminá-las não deu resultado e com o tempo foi deixado de lado, disseram os executivos.

Em notas divulgadas nesta sexta (17), as duas empresas negaram ter cometido irregularidades como as apontadas pela Polícia Federal.

Segundo os executivos ouvidos pela Folha, as grandes empresas sempre procuraram manter bom relacionamento com os fiscais, em troca de favorecimento na liberação de suas cargas em detrimento dos concorrentes.

Geralmente um fiscal é encarregado de vistoriar quatro ou cinco unidades diferentes em uma região agrícola. Hoje existem aproximadamente 2.300 fiscais.

Folha de S.Paulo

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