Um homem acusado de furtar 14 veículos foi preso, no último sábado (18), em uma churrascaria localizada no bairro Conjunto Esperança. Leandro Oliveira Leite, conhecido como o “Gordinho do Test Drive”, é responsável por aplicar golpes em funcionários de concessionárias ou revendedoras, além de vendedores particulares de automóveis, de acordo com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC).
O esquema estava sendo investigado pela Polícia Civil desde dezembro de 2016, através da Operação Test Drive. Junto com Leandro, foram presos Emerson Costa Antônio e Janderson Melo da Silva, que seriam comparsas do acusado. O trio responderá por associação criminosa armada e nas cominações legais da Lei das Organizações Criminosas.
Estratégia
As investigações apontam que a principal estratégia de Leandro era alegar que o veículo estava com problemas — como, por exemplo, que a placa do carro estava batendo no para-choque ou que o pneu do automóvel estava com alguma falha. Assim que o funcionário descia do carro para verificar o suposto defeito, Leandro fugia com o veículo.
Após a evasão, haviam dois caminhos possíveis para o automóvel. O primeiro consistia em encaminhar o veículo para um desmanche, localizado na Av. Augusto dos Anjos, no bairro Bonsucesso. Leandro recebia, por cada carro, cerca de R$ 1.100. O principal receptador dos veículos era João Saldanha de Pontes, que segue foragido.
A segunda estratégia era vender o veículo para pessoas indicadas por outros criminosos, com a ajuda de seus comparsas, que também são acusados de realizarem assaltos à mão armada.
Negociação
O delegado Fernando Cavalcante, titular da DRFVC, explicou como funcionava a negociação. “Haviam veículos que eram encomendados por pessoas que estão dentro do presídio. Os detentos compravam e mandavam entregar a outras pessoas aqui fora para cometer delitos, como assaltos e tráfico de drogas”, afirma o delegado.
Leandro não apontou quem eram os responsáveis por solicitar a compra dos veículos. A polícia segue em diligências para identificar os acusados.
DN Online
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