quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Policiais civis receberam aumento, diz Governo

foto1Diante do impasse entre policiais civis em greve e Governo sobre o aumento de salário, o chefe de Gabinete do governador, Élcio Batista, declarou, ontem, que os servidores receberam aumento e foram promovidos neste ano. Ele explica que apenas 187 agentes (escrivães e inspetores), que ingressaram na Instituição em agosto último, não foram contemplados com nenhum benefício. Os outros, tanto ativos quanto aposentados, foram atendidos. Batista declarou que não há nenhuma negociação em andamento e nem haverá, enquanto qualquer tipo de movimento da categoria esteja acontecendo.

Conforme um documento apresentado pelo chefe de Gabinete, 830 policiais Especiais receberam aumento de 29,36%; 611 policiais de 3ª Classe receberam aumento de 14,87%; e 503 policiais da 2ª Classe receberam 2%. Os 1.009 policias da 4ª Classe não tiveram direito a aumento, mas segundo ele, a maioria entrou nas promoções por antiguidade, que devem ser efetivadas em dezembro.

O chefe de gabinete afirmou que o aporte financeiro na folha de pagamento da Polícia Civil foi de quase R$ 49,5 milhões com base na Lei aprovada pela Assembleia Legislativa, que reestruturou a carreira de inspetores e escrivães. Divididos em quatro categorias, a legislação ampliou para 20 os níveis dos policiais. O subsídio máximo dos servidores passa de R$ 4.174,30 para R$ 5,730,41.

Élcio Batista ressalta que a greve deflagrada, no último dia 27, é ilegal e vedada pela Constituição Federal. "Grande parte da categoria não concorda com a greve. As Forças de Segurança do País não podem fazer greve, é vedado pela Constituição. O Governo sentou, negociou, resolveu de forma pedagógica com a diretoria antiga do Sindicato. O movimento agora está tão rachado, que seis diretores do Sindicato pediram para sair. Isso é um demonstração que é um minoria que quer continuar. A maioria acredita no diálogo".

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Lucas Oliveira, disse que tratou com o procurador geral, Plácido Rios, para que houvesse uma reunião com o governador, mas o chefe de governo descartou a possibilidade, enquanto durar a greve. "Enquanto houver qualquer tipo de movimento o Governo não volta a se reunir com eles, porque a greve é ilegal. Havia um documento assinado por mim, pelo secretário de Planejamento para ser levado à categoria que dava o prazo de 30 dias, ou seja, até o final de outubro, para chegarmos a um acordo, entretanto eles preferiram a greve ilegal. Uma demonstração tática de que não queriam negociar", ressaltou.

Élcio Batista disse que, mesmo com a greve, praticamente todas as delegacias estão funcionando normalmente. "Há uma orientação clara do Governo para o delegado geral e para o secretário de Segurança que ninguém deve voltar da Delegacia sem fazer um B.O.. Diria que aproximadamente 97% das delegacias estão funcionado normalmente, sem nenhum tipo de problema".

Sobre as outras demandas pleiteadas pela categoria, Élcio Batista afirmou que o Governo tem feito aquisições regularmente de armamento, munições e coletes balísticos para resolver os problemas com o material usado pela Polícia Civil e PM. A respeito dos presos nas delegacias, ele afirmou que já existe um cronograma para desativar as celas.

"Praticamente não temos mais presos em delegacias. Já tivemos mais de mil presos. Hoje temos pouco mais de 200 e vamos zerar. Em seguida, começaremos o processo de fechar os xadrezes. Deixaremos apenas um xadrez para o preso temporário, que precisa ficar lá para a conclusão do trabalho policial".

Batista ressaltou que os policias grevistas serão investigados. "O Governo vai buscar a aplicação da lei. O Ministério Público, que é responsável pelo controle das Polícias vai fazer a parte dele; e a Controladoria Geral de Disciplina, que existe de forma autônoma, também tem a responsabilidade de apurar esses casos", pontuou.

DN Online

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