quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Emoção e homenagens marcam despedida da médica cubana que morreu em Iguatu (CE)

Na manhã desta quinta-feira, 24, houve a despedida da médica cubana, Mabel Sanchez, 39 anos, que morreu na madrugada desta quarta-feira, na cidade de Iguatu, na região Centro-Sul do Ceará. O prefeito Aderilo Alcântara, vereadores, médicos cubanos, agentes de Saúde, auxiliares administrativos, enfermeiros e moradores aguardaram a liberação do corpo no IML local e em seguida conduzindo bandeiras do Brasil, do Ceará, de Iguatu e de Cuba caminharam até a Igreja Matriz de Senhora Santana.

No percurso de apenas dois quarteirões, houve emoção e choro entre os profissionais de Saúde. O padre Carlos Roberto celebrou a liturgia de exéquias e lembrou do acolhimento dos moradores aos médicos cubanos. “Vocês vieram salvar vidas, trouxeram exemplo de uma medicina humana, digna, e de muito trabalho”, frisou. “Infelizmente veio a morte da médica Mabel, que nos entristeceu, mas voltem com alegria para Cuba, com esperança na ressurreição, na vida eterna”.

O prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara, agradeceu o trabalho dos médicos cubanos e frisou que Iguatu contava com 17 profissionais, o maior número do Interior do Ceará. “Sinto a dor e a emoção de todos vocês colegas da médica Mabel”, disse. “Vocês vão voltar com a certeza do dever cumprido. Muito obrigado e um abraço de pesar à família da médica Mabel”.
O médico cubano Jorge Madrigal, que não integra o Programa Mais Médico, falou emocionado sobre o trabalho dos colegas e lembrou dos protestos há três anos, quando da chegada dos profissionais. “Foi uma minoria de pessoas”, frisou. “Sei que o povo, a maioria da população acolheu todos vocês muito bem”.

O caixão estava coberto com as bandeiras do Brasil, de Cuba, do Ceará e de Iguatu e foi levado até um carro funerário que fez o transporte para Fortaleza e depois segue o traslado do corpo para Cuba. Na despedida, na Igreja, os médicos cantaram o Hino de Cuba e ao final houve muitos aplausos e gritos ‘Viva Cuba’.

Na próxima semana, oito médicos estarão retornando a Cuba, depois de três anos de trabalho no programa Mais Médicos. Em janeiro, novos profissionais cubanos devem retornar.

Diário do Nordeste
Honório Barbosa

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