quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Camilo Santana e Cid Gomes entram na busca por apoios a Roberto Cláudio no 2º turno

O prefeito Roberto Cláudio (PDT) e o deputado Capitão Wagner (PR) ainda não consolidaram os apoios dos aliados dos demais candidatos que participaram da disputa pela Prefeitura de Fortaleza, no primeiro turno das eleições, mas as conversas estão bem adiantadas. A dificuldade maior é de os dirigentes dos partidos dos ex-adversários dos dois justificarem suas adesões no segundo turno.

Roberto Cláudio, com o governador Camilo Santana (PT) e o ex-governador Cid Gomes, avançou mais no dia de ontem. Camilo atua diretamente com os seus correligionários do PT e com a direção do PSB. Roberto Cláudio tinha se encontrado com o deputado Ronaldo Martins (PRB), com quem também já havia estado o candidato Capitão Wagner. Os petistas ainda hoje podem decidir a posição.

A conversa com Tin Gomes (PHS), para apoiar Roberto Cláudio, foi iniciada pelo deputado José Albuquerque (PDT), presidente da Assembleia Legislativa, e será concluída pelo próprio prefeito. O vereador João Alfredo, que representou o PSOL na disputa, e Francisco Gonzaga (PSTU), não participarão do segundo turno apoiando um ou outro candidato.

Luizianne Lins (PT) e Heitor Férrer (PSB), embora correligionários seus possam emprestar apoio a um dos dois candidatos nesta parte final da disputa pela Prefeitura de Fortaleza, não terão qualquer atividade política. Eles foram os mais críticos de Roberto e Wagner, no curso da campanha do primeiro turno.

Análise

Ontem, na Câmara Municipal, o vereador Guilherme Sampaio (PT), um dos dois representantes do partido reeleitos (o outro foi Acrísio Sena), ponderou ser o momento para uma análise e do cuidado de se dialogar com outras forças progressistas de esquerda e de centro no País para enfrentar a eleição em 2018.

"Exige, na minha compreensão, o máximo de unidade das forças mais progressistas do País. Isso nos impõe um diálogo com todos esses partidos que nos foram solidários ao enfrentamento do golpe e a construção, onde for possível, de estratégias comuns", declarou.

Segundo ele, o PT vai fazer uma discussão interna (hoje) sobre a situação eleitoral para poder se posicionar sobre o segundo turno da eleição municipal em Fortaleza. "O PT deve emitir uma resolução para expressar o saldo da discussão", adiantou. Guilherme Sampaio também afirmou que não adiantaria seu posicionamento.

"Nós não estamos contemplados nas candidaturas que foram para o segundo turno. Nesta discussão, eu não vou antecipar posicionamento pessoal, porque vou fazer essa discussão internamente primeiro, pela responsabilidade com as pessoas que representamos, mas nessa discussão tem que estar ponderado o que simbolicamente cada uma destas candidaturas representam, não só para a cidade, mas para a política nacional. Isso significa eleger candidato A ou B com relação a sustentação do governo golpista, nós temos forças políticas mais progressistas no comando do Governo do Estado como a presença do governador Camilo e perspectiva da sua reeleição em 2018 diante da responsabilidade partidária que nós temos", refletiu o petista.

Discurso

O argumento do vereador Guilherme Sampaio, com outras palavras, é o mesmo do governador Camilo Santana, ainda antes da decisão do PT de Fortaleza apresentar a candidatura de Luizianne a prefeita. Para Camilo, o PT deveria apoiar a candidatura de Roberto Cláudio, tanto pelo apoio que este deu à sua eleição como pelo fato de o PDT ter sido um aliado da ex-presidente Dilma Rousseff.

Camilo já conversou com alguns petistas sobre a posição que a agremiação deve anunciar nas próximas horas. De acordo com Guilherme Sampaio, independente do posicionamento do partido nas urnas, os vereadores devem continuar até dezembro sendo críticos da atual gestão, sem que isso impeça a sigla de se posicionar sobre as opções colocadas para o segundo turno.

"Isso não nos impede de nos posicionarmos entre as opções que estão colocados no segundo turno, é uma opção que se apresenta a um partido que já governou Fortaleza, já dirigiu o País e tem responsabilidade com o futuro político do País". O parlamentar também defendeu como positivo o resultado eleitoral que demonstraria a força do partido, já que o PT enfrentou uma campanha sem recursos, com tempo de televisão menor comparado aos outros candidatos que estão no segundo turno.

Avaliar

Ontem, a bancada do PT não compareceu à sessão na Câmara, pois se reuniram com o diretório municipal para avaliar o resultado eleitoral. Guilherme chegou depois das 11h quando a sessão já havia terminado. Na Assembleia Legislativa, exceto os deputados Manoel Santana e Raquel Marques, que pouco permaneceram em plenário, o restante da bancada, Elmano de Freitas e Moisés Bras, também não registrou presença.

Além do PT, outra bancada que também se reuniu, ontem, foi a do PDT, que teve nove vereadores reeleitos e elegeu dois novatos. Quatro dos atuais vereadores da agremiação ficaram de fora da próxima composição da Casa Legislativa.

DN Online

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