terça-feira, 11 de outubro de 2016

Após assaltos, jovem decide deixar São Paulo e voltar para Acopiara, no Ceará

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A violência fez o operador de máquinas Márcio Pereira da Silva, de 26 anos, tomar uma decisão: no fim do mês, vai deixar São Paulo, onde vive há cinco anos, para voltar à cidade natal de Acopiara, município de 50 mil habitantes na caatinga cearense. “Emprego é mais difícil, mas pelo menos lá não sou assaltado com tanta frequência”, disse o jovem na frente do 49.º Distrito Policial, em São Mateus, zona leste da capital, região onde houve maior aumento no número de roubos do ano passado para cá; em 2016, foram 2.334 casos, dos quais dois foram contra Silva.

O mais recente aconteceu em setembro, quando caminhava pela Rua Professor Pedro Antônio Pimentel e foi abordado por uma dupla em uma moto. Voltava do trabalho para casa e falava ao celular com a noiva. O aparelho foi levado. “Apontaram a arma e pediram o celular. Saíram falando para eu não olhar nem para trás e só seguir andando”, lembra o jovem. Na semana passada, tentava corrigir o número do IMEI registrado no boletim de ocorrência para que o seguro pagasse o valor do aparelho.

A contratação do serviço foi feita após o primeiro roubo em que haviam levado outro aparelho de Silva. Pagando R$ 17,99 por mês, o operador tentava amenizar o prejuízo. “Da outra vez foi ainda mais grave, colocaram o cano da arma na minha nuca e saíram em um carro. Há dois anos já haviam levado uma moto minha. Não dá mais para ficar aqui. A gente luta tanto para conseguir e eles levam tão facilmente.”

Policiais que atuam na região confirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que o modo de atuação criminosa costuma repetir-se, com ocorrências de duplas em motos ou bicicletas cujas principais vítimas são pedestres em horários das 6 às 8 horas e das 19 horas às 22 horas. Os agentes veem relação entre a quantidade recente de invasões de terrenos abandonados na área com o aumento da criminalidade, já que supostamente haveria concentração dos autores dessas ocorrências.

Itaim Paulista

Outro destaque negativo da capital também vem da zona leste, na área do 50.º DP, no Itaim Paulista. Lá, o aumento dos crimes dessa natureza foi de 29% na comparação com o último ano. A promotora de vendas Miriam Andrade, de 30 anos, disse evitar sair tarde do trabalho por acreditar que esperar no ponto de ônibus a torna presa fácil. “Depois das 19 horas já é perigoso. A gente sabe que, se ficar vacilando no ponto, eles vão passar e te roubar”, disse, enquanto aguardava o transporte no bairro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

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