terça-feira, 27 de setembro de 2016

Artigo: Tática psicológica, embuste e falta de propostas.

"É lamentável que ainda haja pessoas que acham que espalhar notícias falsas ajuda a ganhar eleições, e por causa disso intensificam a tática psicológica, que parece se repetir a cada quatro anos, com o intuito de influenciar no resultado das eleições. A tática psicológica é bem simples e se manifesta de diversas maneiras. Vejamos alguns exemplos:
- Pessoas com suposto conhecimento chegam para outras menos avisadas e afirmam que a eleição já está ganha, e dizem isso com muita segurança para fazer crer que estão certos, mesmo sabendo que o que estão falando não tem qualquer fundamento objetivo;
- Praticamente todo dia divulgam a notícia de que uma pessoa importante, um comerciante, uma liderança – preferencialmente alguém que já pertenceu a seu grupo político – “virou” para sua agremiação. Mais tarde a notícia não se confirma, mas o boato já correu;
- Outras pessoas chegam para alguém em tom confidente, senhor de si, falando bem baixo, quase sussurrando, pedindo que não conte para ninguém, mas que a situação é de vitória para aquele grupo político. Ora, o desavisado acredita que seja verdade e ainda sai espalhando aquilo que parecia um segredo. Pronto, é o suficiente para que o boato pareça verdade, numa tática que lembra o nazismo;
- Outra maneira de enganar o eleitor para tentar ganhar votos é divulgar a existência de uma pesquisa dando grande margem de vantagem para o candidato derrotado. No dia seguinte, quando se abrem as urnas, sabe-se que tudo não passou de engodo;
- No dia da eleição, numa última tentativa de ainda influenciar o resultado, começam a comemorar a vitória por volta das 15h, buzinando, soltando bomba, gritando na rua, na esperança de que alguém leve isso em consideração em mude o voto no último momento.
Eu ouvi uma pessoa dizendo que a política é blefe, é trapaça, e fiquei muito triste porque para mim isso é enganar o eleitor, isso é embuste, é desonestidade, é estelionato eleitoral. Só entendo que alguém deseje ganhar eleição com esse tipo de prática se não tiver propostas claras e concretas para melhorar a vida das pessoas. Do contrário, em respeito ao eleitor, deveria “jogar limpo”, se claro, dizer que está atrás na preferência do eleitorado, mas que juntos podem vir a ganhar a eleição.
Quem já foi prefeito, tem que mostrar o que fez de verdade pelo município, e explicar por que não fez realizou certas ações, não construiu certas obras, por que deixou outras por fazer, por que não conclui tal obra, mostrar onde está o dinheiro da obra não concluída, e tem que apontar para um futuro melhor para os munícipes; quem ainda não foi prefeito tem que apresentar a exequibilidade de suas ideias; mas todos os candidatos têm o dever moral de tentar ganhar as eleições com propostas e não com o blefe, engodo e embuste. Quem faz isso, no meu entender, é porque não tem votos para ganhar as eleições, e, como último recurso, como último suspiro antes da sua queda final, tenta arrancar o voto de maneira mesquinha. O candidato que adota as práticas listadas acima não merece crédito, não merece voto, não merece governar".

Prof. Dr. Nabupolasar Alves Feitosa

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