quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Reeleita com 53 senadores, Dilma luta por 28 votos

A presidente afastada Dilma Rousseff precisa do apoio de pelo menos 28 senadores para escapar da cassação e retornar ao mandato ao final do julgamento desta quarta-feira (31). Nem todos precisam votar nela. As ausências também contam a favor da petista. Cabe aos seus adversários reunir, entre os 81 parlamentares, o mínimo de 54 votos exigidos para a cassação do mandato presidencial. Os neogovernistas dão como certa a aprovação do impeachment. Até aliados da presidente afastada admitem que são remotas as chances de reversão do quadro. Um cenário completamente diferente do que marcou o início do segundo mandato da petista.
Em menos de dois anos, Dilma viu sua base aliada se esfarelar no Senado. Dos nove partidos que apoiaram a sua reeleição, apenas três continuam fieis à presidente afastada: o próprio PT, o PCdoB e o PDT. As legendas que defenderam voto em Dilma e Michel Temer (PMDB) somavam 53 senadores no início do segundo mandato. Ou seja, dois em cada três parlamentares. Entre eles, 18 peemedebistas e 14 petistas.

Hoje o PMDB ocupa 19 cadeiras. Mas apenas a ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu (TO) e o paranaense Roberto Requião resistem no apoio a Dilma. Os aliados da presidente afastada ainda tentam convencer peemedebistas que têm evitado declarar voto, como o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA) e o senador João Alberto (PMDB-MA), seu aliado.

Na outra ponta, ao menos três senadores que não participaram da aliança com Dilma se posicionam frontalmente contra o impeachment: Lídice da Mata (PSB-BA), João Alberto Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A opção do único senador da Rede contraria a posição da fundadora do partido, a ex-candidata ao Planalto e Marina Silva, ministra do Meio Ambiente do primeiro governo Lula, ex-senadora e militante histórica do PT.

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