Em depoimento ao Senado no processo de impeachment que durou mais de 13 horas, a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), fez uma defesa das opções de seu governo para enfrentar a crise econômica e afirmou que, se for condenada sem que haja comprovação de crime de responsabilidade, estará sendo vítima de um golpe parlamentar. A petista negou 16 vezes que tenha cometido crime de responsabilidade.
Dilma participou no Senado da fase de interrogação do processo de impeachment e aproveitou para elogiar, na parte final da longa sessão, os programas sociais do PT. Também criticou o que chamou de machismo nas motivações do processo e o "uso ideológico" das delações premiadas. Mais cedo, fez um discurso de 50 minutos como princípio de sua defesa.
A sessão de julgamento será retomada às 10h desta terça-feira (30). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse acreditar que o julgamento se encerre na madrugada de terça para quarta-feira (31). Para Dilma ser condenada, é preciso o voto de 54 senadores.
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