quarta-feira, 20 de julho de 2016

Plano prevê transferência de água entre açudes e mais poços

Transferir a água do Açude Orós para o Castanhão, a utilização da barragem Maranguapinho para Maranguape e o aproveitamento do volume morto do Pacajus estão entre as ações planejadas pelo governo do Estado para evitar um impacto maior durante a execução do Plano de Contingenciamento de Fortaleza e Região Metropolitana, que deverá ser divulgado até o próximo dia 29. A informação foi dada pelo titular da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH), Francisco Teixeira, durante reunião do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense (Agropacto), realizado na manhã de ontem, na sede do sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Teixeira adianta que o Plano prevê outras medidas urgentes como distribuição por quotas de 10, 20 e 30% do volume de água; em situações críticas, será adotado regime alternado em duas zonas, permitindo que ambas permaneçam com vazão durante revezamento, ativação ou perfuração de poços em todos os 800 equipamentos públicos existentes na Capital, entre hospitais, escolas, sedes de órgãos, entre outros. "Tudo para evitar mais transtornos para a população", explica ele.

Teixeira explica que a busca pelo aperfeiçoamento do plano e a inclusão dessas novas medidas, que incluem um projeto de reuso das águas de lavagem dos filtros da Estação de Tratamento do Gavião, motivaram o adiamento do anúncio do pacote que visa a economia de água em Fortaleza e municípios da Região metropolitana, como Caucaia, Eusébio e Maracanaú. "O objetivo é sim reduzir o consumo, mas com menor impacto possível para a população", afirma o secretário de recursos hídricos.

O plano de racionamento de água e as demandas do Ceará visando ações mitigadoras contra os efeitos da estiagem que já duram cinco anos, foram apresentados ao presidente da República interino, Michel Temer. A intenção foi convencer o chefe do poder executivo nacional da necessidade de mais recursos para que as obras sejam realizadas ou continuadas. "Esclarecemos ao presidente que o Estado irá gastar R$ 30,7 milhões somente com algumas intervenções imprescindíveis para readequar o sistema de abastecimento da Capital e sua Região Metropolitana. Para se ter uma ideia, para o projeto de reuso das águas de lavagem dos filtros da Estação de Tratamento (ETA) do Gavião teremos que desembolsar R$ 3 milhões e outros R$ 4,5 milhões para a adequação dos controles de vazão e pressão das estações de tratamento de água. Por isso, todo o planejamento visa o mínimo efeito no cotidiano das pessoas", reforça Teixeira.

Sobre os equipamentos públicos que passarão a ter poço profundo, o secretário diz que foi feito um cadastro das as unidades para essa ação. "Os que já possuem poço sem uso, vamos reativá-lo, e os que não têm, a meta é furar e aproveitar bem a água subterrânea", explica.

DN Online

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