Apelidado por aliados de "meu malvado favorito", o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usou um esquema de corrupção na Caixa Econômica para prejudicar seus adversários, segundo a delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da instituição.
Dentre os alvos do peemedebista estavam o governo de Dilma Rousseff e o empresário Benjamin Steinbruch, da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), segundo informações da delação obtidas pela Folha.
Cleto foi indicado pelo grupo de Cunha para ocupar o cargo na Caixa e também fez parte do conselho do Fundo de Investimento do FGTS, opinando na liberação de recursos para empresas.
Além de usar a influência para cobrar propina das empresas em troca da liberação dos recursos, Cleto disse que atrapalhava a aprovação de projetos, a pedido de Cunha.
Segundo o delator, em outubro de 2014, a Companhia Siderúrgica Nacional pleiteava financiamento do FI-FGTS, via emissão de debêntures, no valor de R$ 1,2 milhão para a ampliação do Porto de Sepetiba (RJ).
Cleto afirmou que avisou a Cunha sobre a proposta, que tinha tramitação sigilosa. O deputado, no entanto, alertou ao afilhado que tinha um relacionamento muito ruim com Steinbruch e que tinha interesse na rejeição da operação. Cleto afirmou que, por causa do pedido, pediu vista da operação e atrasou a análise em mais de um ano.
Folha
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