quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Após reunião de emergência, Renan Calheiros decide convocar sessão para analisar prisão do senador Delcídio Amaral

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) divulgou nota oficial afirmando que vai se encontrar com os líderes partidários e com a mesa diretora (vice-presidentes e secretários) da Casa para discutir a prisão do líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS), informa o repórter Jovem Pan em Brasília José Maria Trindade.

Após conversar com os líderes, Renan Calheiros vai convocar uma sessão plenária no Senado para discutir a prisão de Delcídio. Os senadores devem analisar as circunstâncias e a legalidade da prisão do colega parlamentar.

De acordo com a Constituição Federal (artigo 53, § 2º), quando um membro do Legislativo é preso (o que só pode ser feito em flagrante de crime inafiançável), "os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva (no caso, o Senado), para que, pelo voto da maioria de se membros, resolva sobre a prisão".

O entendimento inicial entre os senadores é de que o Senado não poderia revogar a prisão do STF, o que ainda não é certo. Mas haveria a possibilidade de os parlamentares pedirem ou decretarem que Delcídio Amaral fique sob custódia do Senado.

Ainda não se sabe ao certo o poder atribuído a cada um dos poderes do governo neste caso, uma vez que a prisão de um senador no exercício do poder é fato inédito no Brasil.

A nota do presidente do Senado foi elaborada após reunião realizada em caráter emergencial de Renan com diretores e técnicos jurídicos do Senado Federal na manhã desta quarta (25), na casa oficial do alagoano em Brasília. Uma das pessoas que Calheiros convocou para a reunião de emergência foi o advogado-geral do Senado, Alberto Cascais.

A Polícia Federal terminou a busca e apreensão executada nos dois gabinetes do senador no 25º andar do prédio central do Senado. O maior deles, usado pela liderança do governo na Casa, já foi realizada. A Polícia Legislativa acompanha os trabalhos e o acesso pelos elevadores foi vetado.

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