segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Reforma ministerial dá 'mais equilíbrio' à coalizão de governo, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (5), em discurso durante cerimônia de posse de novos ministros, que a nova composição do governo dará "mais equilíbrio" à coalizão de partidos que a elegeu.

Na última sexta-feira, Dilma anunciou uma reforma que reduziu de 39 para 31 o número de ministérios, aumentou o poder do PMDB (passou de seis para sete ministérios, incluindo o da Saúde) e diminuiu o do PT (de 13 para 9 pastas).

"Queremos garantir mais equilíbrio à coalizão que me elegeu e deve governar comigo", afirmou Dilma na cerimônia.

O principal objetivo da reforma foi assegurar a governabilidade, com a formação de uma nova base de apoio partidário no Congresso, a fim de o governo obter maioria parlamentar, evitar as derrotas que vinha sofrendo e conseguir a aprovação das matérias de seu interesse na Câmara e no Senado.
Em seu discurso, a presidente orientou os novos ministros a fazerem mais com "menos recursos".
“A principal orientação é: trabalhem ainda mais, com mais foco, com mais eficiência, buscando fazer mais com menos recursos”, afirmou. “Trabalhem juntos em cooperação, unidos para o Brasil voltar a crescer logo preservando direitos e fazendo o nosso reequilíbrio fiscal”, completou.

Entre as principais mudanças na Esplanada dos Ministérios estão a ida de Jaques Wagner da Defesa para a Casa Civil; o deslocamento de Aloizio Mercadante da Casa Civil para a Educação; e a transferência de Aldo Rebelo da Ciência e Tecnologia para a Defesa.

Além disso, Miguel Rossetto deixou a extinta Secretaria-Geral para assumir o Ministério do Trabalho e Previdência Social, e Ricardo Berzoini passou a comandar a nova Secretaria de Governo, que fundiu as atribuições da Secretaria-Geral, do Gabinete de Segurança Institucional e das secretarias de Relações Institucionais e da Micro e Pequena Empresa.

Em seu discurso, Dilma destacou a criação da Comissão de Reforma do Estado, que será presidida pelo ministro Nelson Barbosa (Planejamento) e integrada por Jaques Wagner (Casa Civil) e Joaquim Levy (Fazenda) para pensar de forma sistemática, a estrutura do estado sempre mais eficiente.

Veja abaixo os ministros que tomaram posse nesta segunda-feira no Palácio do Planalto:

- Casa Civil: Jaques Wagner (PT)
- Ciência e Tecnologia: Celso Pansera (PMDB)
- Comunicações: André Figueiredo (PDT)
- Defesa: Aldo Rebelo (PCdoB)
- Educação: Aloizio Mercadante (PT)
- Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos: Nilma Lino Gomes (sem partido)
- Portos: Helder Barbalho (PMDB)
- Saúde: Marcelo Castro (PMDB)
- Secretaria de Governo: Ricardo Berzoini (PT)
- Trabalho e Previdência: Miguel Rossetto (PT)
Com a fusão dos ministérios do Trabalho e Previdência, Carlos Gabas, que até então era o titular da Previdência, virou secretário-especial da Previdência Social. Também tomou posse como secretário-especial do Trabalho José Feijó.

Gafe do cerimonial

Logo no início da cerimônia, Dilma corrigiu o cerimonial do Palácio do Planalto por ter errado o nome do novo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, formado a partir de três secretarias.

A ordem das palavras foi invertida, deixando a palavra “Mulheres” ao final, e Dilma chamou a atenção. “As mulheres vão entender por que vou insistir. É Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos”, disse, sob aplausos.

Nenhum comentário: