quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Não gosto da CPMF, mas não afasto criar nenhum imposto, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT) declarou nesta quarta-feira (2) que não "gosta" da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), mas não afastou a possibilidade de criar um novo imposto para melhorar a arrecadação do governo.

"Não gosto da CPMF. Acho que ela tem suas complicações, mas não estou afastando a necessidade de fontes de receita. Não estou afastando nenhuma fonte de receita", disse a presidente, que foi enfática ao afirmar: "Não estou afastando nem acrescentando nada".

A presidente disse que o governo vai mandar para o Congresso adendos à proposta de Orçamento para o próximo ano, mas não informou quando isso será feito. Ela negou que o governo federal queira "transferir responsabilidade".

"O governo vai de fato mandar [adendos] e é responsabilidade dele. Não queremos transferir essa responsabilidade. Queremos construir juntos, queremos cumprir a meta que estipulamos, de reduzir esse deficit que está ocorrendo. Estamos evidenciando que tem esse deficit; estamos sendo transparentes", falou.

Na segunda-feira (31), o governo entregou ao Congresso Nacional a proposta de orçamento para 2016. A proposta apresentada ao presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), prevê um rombo de R$ 30,5 bilhões nas contas públicas e estima um crescimento de 0,5% no PIB (Produto Interno Bruto) em 2016.

A decisão de apresentar a proposta com previsão de deficit primário, medida considerada inédita, foi criticada pela oposição, que acusou o governo de tentar responsabilizar o Congresso por eventuais medidas impopulares.

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