quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Obras mal planejadas causam prejuízos ao erário público


No interior do Ceará, muitas crianças estão sem creches por causa de obras atrasadas e mal planejadas.

A construção da creche, com dez salas de aula, refeitório e uma área de lazer trouxe esperança para os moradores de um distrito de Umirim, a 100 quilômetros de Fortaleza. Era para ser concluída em quatro meses. Mas seis anos se passaram e a obra de quase R$ 1 milhão está abandonada. A creche tem apenas duas salas de aula. A prefeitura diz que a obra parou porque a empreiteira precisou fazer um aterro e uma fossa que não estavam previstos no projeto original e o Ministério da Educação não liberou a verba extra de R$ 129 mil. 

Em Quixadá, o prédio que vai possibilitar o ensino infantil em tempo integral começou a ser construído em 2009. Nesse meio tempo, a empreiteira faliu, uma nova licitação teve de ser feita e agora, finalmente, a creche está pronta, mas ainda não pode ser inaugurada. O problema é que a entrada do prédio é voltada para um córrego com esgoto e isso depende de outra obra para ter solução.

Depois que R$ 1 milhão foram investidos pelo Governo Federal na creche, é necessário mais meio milhão de reais do governo do estado para fazer o saneamento e a pavimentação. A obra só foi licitada há um mês. 

Outro exemplo questionável está relacionado a construção da Escola de Educação Infantil - Pro-infância, no bairro Nova Acopiara, no município do mesmo nome. Ela consumiu mais de R$ 485.651,24 (quatrocentos e oitenta e cinco mil, seiscentos e cinquenta e um reais e vinte e quatro centavos) e não chegou na metade dos serviços. 

A obra foi abandonada pela empresa Silvio Rui Empreendimentos Imobiliários LTDA, a mesma, que ganhou concessões para administrar a rodoviária, mercado público e mercado central.

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