quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Eleitorado dá “descarga eleitoral” em Téo Menezes

teoooApós a revelação do escândalo dos banheiros pelo O POVO, em 2011, houve sensível mudança na votação do deputado estadual Téo Menezes (DEM), filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Teodorico Menezes, investigado por suposto favorecimento no esquema. Em 2010, Téo teve a maior votação do PSDB para a Assembleia Legislativa e a quinta maior do Estado, com 71 mil votos. Na eleição deste ano – primeira após o esquema ser desbaratado – ele teve 16.098 votos. Ficou em 76º lugar, sétimo suplente da coligação da qual faz parte o DEM, seu atual partido. Foi particularmente marcante a mudança de resultado nos cinco municípios que foram o centro do escândalo.

Em Pindoretama, o parlamentar havia tido a maior votação, com 3.201 eleitores em 2010. Neste ano, teve 128 votos. Em Horizonte, ele também liderava, com 4.928. Caiu para 877. Em Chorozinho, ele havia sido o segundo colocado, com 2.947 votos. Caiu para 73.

Em Cascavel, Téo havia sido o terceiro, atrás do ex-prefeito Tino Ribeiro e de Mauro Filho. Obtivera 3.710 votos. Caiu para 299.

Onde houve menor queda foi em Pacajus, tradicional reduto da família Menezes. Com 3.654 votos, ele havia sido o terceiro colocado há quatro anos, atrás dos ex-prefeitos José Wilson Chaves e Fan Cunha. Caiu este ano para 1.637 e ficou em quinto.

O escândalo dos banheiros envolvia verba estadual enviada para associações – que só existiam no papel – destinadas a instalar banheiros populares, que jamais foram construídos. Dirigentes de associações ocupavam cargos comissionados no TCE e eram doadores da campanha de Téo Menezes. Os cinco municípios mencionados acima foram os primeiros em que foi descoberto o escândalo e aqueles em que havia ligação direta dos investigados com os Menezes.

Eliomar de Lima

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