Dados revelados pelo Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), da Federação
das Indústrias do Rio de Janeiro - FIRJAN, que avalia a qualidade de
gestão fiscal dos municípios brasileiros, aponta que 7,8% das cidades do
Ceará estão entre os 500 piores resultados contabilizados pela pesquisa
em todo o País.
Segundo o estudo, que traz informações de 2010 e análises comparativas
com os anos de 2006 a 2009 relativas aos dados oficiais declarados pelas
administrações municipais à Secretaria do Tesouro Nacional, o fraco
desempenho da grande maioria dos municípios cearenses se deve,
especialmente, aos altos gastos com folha de pessoal e ainda à fraca
administração das suas contas a pagar, além da forte dependência de
transferências intergovernamentais (FPM, ICM e FUNDEB) e fraca base
tributária (baixa arrecadação própria).
Apesar dos índices serem desfavoráveis na maior parte dos municípios
cearenses, alguns deles conseguem se destacar entre os 500 melhores no
país, como é o caso de São Gonçalo do Amarante, com IFGF de 0,7955,
seguido por alto Santo, com índice de 0,7954.
A pontuação alcançada por essas cidades, entretanto, acabou sendo conquistada por caminhos diferentes.
O êxito de São Gonçalo do Amarante, por exemplo, está relacionado à
obtenção da nota máxima no indicador IFGF Receita Própria - o
recolhimento do ISS é alto em virtude dos empreendimentos já em
funcionamento ou em construção no Complexo Industrial e Portuário do
Pecém.
Já Alto Santo, se destacou pelas notas máxima no IFGF Gastos com
Pessoal, que representa quanto os municípios gastam com pagamento de
pessoal, medindo o grau de rigidez do orçamento; e no IFGF
Investimentos, que acompanha o total de investimentos em relação à
receita líquida da cidade.
Conforme verificado pelo estudo da Firjan, chama atenção a grande capacidade de investimentos apresentado pelo município de Iguatu, com uma pontuação de 0,9025, ocupando a primeira colocação entre os vinte maiores municípios cearenses, incluindo Fortaleza. Para o sistema FIRJAN, esse números indicam o forte poder que Iguatu tem hoje para a atração de investimentos externos.
O estudo FIRJAN ainda chama a atenção para os reduzidos investimentos nos cinco maiores municípios do Ceará.
Pelo índice de Gestão Fiscal, Maracanaú e Sobral estão em situação difícil (índices de 0,5822 e 0,5712, respectivamente), e Caucaia e Juazeiro em nível crítico (0,3833 e 0,3411).
Já Fortaleza obteve índice de 0,5133, inferior ao das duas primeira cidades.
MUNICÍPIOS
|
IFGF
|
INVESTIMENTOS
|
||
FORTALEZA
|
0,6497
|
0,5143
|
||
Caucaia
|
0,5564
|
0,3833
|
||
Juazeiro do Norte
|
0,4513
|
0,3411
|
||
Maracanau
|
0,5018
|
0,5822
|
||
Sobral
|
0,566
|
0,5712
|
||
Crato
|
0,4305
|
0,3673
|
||
Itapipoca
|
0,5562
|
0,8546
|
||
Maranguape
|
0,5475
|
0,6862
|
||
Iguatu
|
0,5717
|
0,9025
|
||
Quixadá
|
0,4183
|
0,3727
|
||
Canindé
|
0,3123
|
0,7346
|
||
Crateús
|
0,3301
|
0,4798
|
||
Aquiraz
|
0,679
|
0,755
|
||
Pacatuba
|
0,4943
|
0,5822
|
||
Quixeramobim
|
0,4432
|
0,7151
|
||
Russas
|
0,4532
|
0,5316
|
||
Aracati
|
0,2609
|
0,2898
|
||
Tianguá
|
0,5657
|
0,6589
|
||
Cascavel
|
0,3721
|
0,3018
|
||
Icó
|
0,3286
|
0,4339
|
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